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Durante roda de conversa, assistentes sociais reafirmam o compromisso ético com a liberdade, a autonomia e com o fim das opressões

17/11/2021 às 13h38

Realizada na última sexta-feira (12), de forma online, profissionais assistentes sociais acompanharam a roda de conversa “A questão do aborto, direito sexual e reprodutivo das mulheres e das pessoas que engravidam”, organizada pela Comissão de Fiscalização e Orientação Profissional (COFI) do CRESS Alagoas, onde pautaram o compromisso da categoria na defesa da liberdade e da autonomia.

Reunindo assistentes sociais que atuam em maternidades e equipamentos sociais que assistem população em situação de rua, o debate foi conduzido por Joyce Mayara Mendes Medeiros, profissional que atua como coordenadora do Serviço de Apoio à Mulher Vítima de Violência, no Hospital Agamenon Magalhães, em Recife (PE).

De acordo com Helena Carvalho, Agente Fiscal do CRESS Alagoas, a atividade proporcionou importantes reflexões ao público participante. “Mesmo sendo uma discussão que ainda enfrenta uma série de resistências, especialmente na atual conjuntura marcada por diversos retrocessos, o debate possibilitou visualizarmos novas abordagens para o tema”, comentou.

A atividade teve como um dos objetivos tratar o tema do aborto, entendendo-o como expressão da questão social, perpassada pelas relações capitalistas, racistas e patriarcais.

Segundo Lucyana Leão, Conselheira do CRESS Alagoas e integrante da COFI, o debate é mais que necessário para a categoria nessa conjuntura.

“Estamos vivenciando um constante ataque neoconservador aos direitos humanos, sociais e reprodutivos, e o tema do aborto ainda é tratado de forma criminalizada, temos muitas dificuldades em fazer esse debate, em especial a partir da perspectiva de direito que deve ser garantido pelo Estado”, explicou Leão.

A convocação da COFI do CRESS Alagoas ao debate levou em consideração a aproximação cotidiana da categoria em sua atuação profissional que tem como público usuário majoritário as mulheres pobres e negras. “Como assistentes sociais, precisamos enxergar essas demandas para além das nossas vivências e crenças morais e religiosas. Nossa orientação deve ter como ponto de partida o direito de escolha, essa é uma decisão da mulher e não das/os profissionais, na busca da garantia dessas mulheres ao direito à saúde, através do Sistema Único de Saúde (SUS) e das demais políticas públicas”, reforçou a conselheira.

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