O CRESS-AL realizou, no dia 22 de setembro, o seminário on-line “A Democratização da Comunicação como Direito Humano e Instrumento de Transformação Social”, transmitido pelo YouTube da entidade e mediado pelo Coordenador da Comissão de Comunicação, Rogério Azevedo. A atividade reuniu comunicadores/as e assistentes sociais para refletir sobre a importância da comunicação como ferramenta de luta social e de fortalecimento da categoria profissional.

A jornalista Lília Ferreira, assessora de comunicação do CRESS-AL, abriu o debate apresentando a atuação da Comissão de Comunicação do Conselho e como suas ações se efetivam no cotidiano. Em seguida, destacou os principais pontos da Política Nacional de Comunicação do Conjunto CFESS-CRESS, ressaltando a comunicação como direito humano e compromisso ético-político, pautado pela transparência, profissionalização e parcerias com coletivos populares. Para Lília, “a comunicação do CRESS não é neutra: é instrumento de luta. Democratizá-la como direito humano é fortalecer a categoria e transformar a sociedade”.

A comunicadora popular e militante do MST-AL, Anidayê Angelo, compartilhou a experiência histórica e organizativa do movimento, desde sua fundação em 1984 até a criação do Setor de Comunicação do MST em Alagoas. Ela relembrou a trajetória da imprensa do movimento, como o Jornal Sem Terra (1981), a produção de cinema popular, os programas de rádio comunitários e a formação de comunicadores/as. Anidayê destacou que, no MST, “toda pessoa Sem Terra é também comunicadora”, reforçando que a comunicação é uma estratégia contra-hegemônica, de mobilização e construção de poder popular.

Já o assistente social Leonardo Koury, integrante do Fórum Nacional de Democratização da Comunicação (FNDC) pelo CFESS, reforçou que a democratização da comunicação é uma bandeira de luta histórica do Serviço Social. Segundo ele, “o ato de comunicar é, ao mesmo tempo, simples e complexo, pois no cotidiano, sob a lógica do capital, tudo aquilo que é produzido é transformado em mercadoria. Ainda assim, a comunicação e as tecnologias que a possibilitam são fruto da intelectualidade da classe trabalhadora, da qual nós, assistentes sociais, fazemos parte. Reforçar e organizar as pautas comunicativas do Serviço Social, em conjunto com os movimentos sociais, é essencial para fortalecer a bandeira da democratização da comunicação”.

O seminário contou ainda com duas tradutoras e intérpretes, Joseane Michelle e Anderlli Almeida, e o apoio do conselheiro Kalvin Avinner. O evento marcou um espaço plural de diálogo, aproximando diferentes experiências e reafirmando que a comunicação, seja institucional ou popular, é fundamental para a defesa dos direitos humanos e para a transformação social.

#DescriçãoDaImagem: card com fundo branco, logo do CRESS-AL, título da matéria do lado esquerdo. No lado direito há uma ilustração com mulheres negras segurando megafone e a palavra Democracia com ícones de redes sociais e Inteligência artificial. Abaixo, de forma centralizada, há a imagem da atividade on-line, na qual há em sequência horizontal Lília, Rogério, Anderlli, Leonardo e Anidayê.